terça-feira, 29 de junho de 2010

De "Harry e Sally" a "Harry Potter"




Eu sei que já falei aqui sobre contos de fada e comédias românticas, mas não posso deixar de abordar novamente o tema depois desta tarde.
            Por muito tempo ouvi falar de Harry e Sally – feitos um para o outro (When Harrry met Sally), filme com Meg Ryan, Billy Crystal e a eterna Princesa Leia, Carrie Fisher. Acontece que, apesar de amar filmes, gostar destes atores e de romances, por um destes infortúnios do destino, eu nunca tive a oportunidade  de assistir, pelo menos até hoje na hora do almoço.
            Ah, que irresponsabilidade! Eu devia saber que, em uma semana em que não iria sequer postar neste blog, para poder me concentrar nas provas, não era semana para ver um filme destes, que se demora a tirar da mente, principalmente no meio do dia. Trata-se de uma historia que você já sabe como começa, já sabe por onde vai, sabe como vai terminar, mas ainda assim quer ver. E os diálogos são maravilhosos, como dificilmente conseguimos reproduzir na vida real. Alias, quem dera pudéssemos trazer para o dia-a-dia estas imperfeições, estes problemas dos filmes, que são, como diz Paolo Nutini, “a run and a jump into a harmless fall”.
Não vou falar de minha projeção na personagem de Sally (tirando a parte de casamento e família), mas tenho de confessar que depois do filme não pude deixar de desejar um Harry Burns em minha vida, mesmo com aquele cabelo horrivel do Billy Crystal. E tenho de contar que odiei ter desejado isso, odiei tanto que por um momento jurei nunca mais assistir estes filmes românticos.
Porque, a bem da verdade, é muito frustrante! Aí está a diferença entre Harry e Sally e Harry Potter. Você assiste a um filme ou lê um livro do bruxo e vai pensar “Nossa, como eu adoraria estudar em Hogwarts e jogar Quadribol!”, mas você não fica frustrado porque sabe que este mundo não existe. Agora, a história de Harry e Sally é tão improvável que chega a se  aproximar da impossibilidade de se conjurar um patrono com uma varinha, no entanto existe sempre aquela esperança de que um dia pode acontecer, o que é simplesmente torturante. É uma esperança escondida em um recanto da alma, que a gente chega a esquecer que existe, e aí, vem um filme como esse e a desperta, para o desespero de nossa mente racional.
Por isso que, no que diz respeito a romances, tenho como filmes favoritos E o Vento Levou e Casablanca, pois a frustração final dos personagens se assemelha àquela em que a maioria de nós se encontra mergulhada, se aproxima mais da realidade da maior parte da população, para a qual não há finais felizes.
Por estas e outras que, para fugir do real, vou tentar me agarrar mais às histórias fantasticas, buscar JK Rowling, Anne Rice,  JRR Tolkien, ou quaisquer outros que me apresentem histórias sem esperança alguma de realidade.

Cristiane Neves
29/06/10
13:53

           

Um comentário:

  1. Depois do comentário que vc fez no meu último post, eu me animei ainda mais a ler o seu. Não julgue isso como "ela só veio aqui pq eu fui lá", não é isso. Eu ja tinha visto a atualização, mas como nunca assisti nenhum filme do harry potter nem Harry e Sally – feitos um para o outro, rsrs... então pensei q me sentiria perdida. Mas li e não me senti tão perdida como achei q me sentiria, rs. Sério. Vc acha q a maioria da população não tem ou teve finais felizes? Criiiiiiiiis, acredite no amor! rs.

    BjO!

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