Estes últimos dias me sinto diferente. Um pessimismo que vai além do ordinário. Uma desesperança, que passa para além de meu futuro, engolindo também meu passado e presente. Uma descrença que é de toda a humanidade e de todos os tempos. Como um momento de epifania, de realização concreta da inutilizade de tudo o que há.
As folhas do calendário caem com uma velocidade assustadora. As evoluções tecnológicas e científicas se sucedem em progressão geométrica. O homem dia após dia domina novas técnicas, adquire mais sabedoria, e ainda assim a humanidade continua tão burra como sempre. Superficial, preguiçosa, preconceituosa, estúpida, iletrada, e ainda orgulhosa de ser assim.
O futuro para mim está opaco, como se visto através de uma vidraça imunda. Não é possível discernir formas concretas, apenas borrões, e eu não consigo me enxergar entre eles. No momento tenho nojo das pessoas e me sinto suja de estar em meio a elas, perpetuando esta farsa a que se chama convívio social.
Já dizia Shakespeare “Life is a tale, told by an idiot, full of sound and fury and signifying nothing”. Por quanto tempo mais permaneceremos encenando este conto?
Cristiane Neves
13/07/09 – 2:00
Por vezes sinto esta mesma indignação, revolta!
ResponderExcluirMe desespero ao perceber tanta hipocrisia e saber que o mundo é constituído de aparências e ilusões.
... me sinto diferente de tudo e de todos... e por mais que esteja cercada de pessoas, estou só... tudo tão convencional, banal...
Contudo, começo a prestar atenção nos pequenos detalhes... nas coisas simples. E descubro que a beleza da vida está onde não demos valor até então!
Adoro seu blog... e estou c saudades de vc! =(
Beijinhos.
Que isso, Cris? Que revolta!
ResponderExcluirO Deivid nem tinha entrado no canal ainda, hahahahahahahahaha...
brincando.
:)